domingo, 11 de setembro de 2016

Capítulo 07 — Teon, o jovem Cavaleiro de Ouro


Teon era um jovem habitante de Lemúria, órfão de pai desde seus nove anos de idade, sempre ajudou a mãe em todas as tarefas. Trabalhava em sua província como ferreiro, oficio que aprendera com seu pai Leônidas desde criança. 

Leônidas foi um grande sábio alquimista, sendo indicado à posição de Mestre Alquimista da Província de Casparian, quando um fatídico acidente o vitimou deixando esposa e filho. A amizade cultivada durante a vida por toda a família causou a todos grande consternação, e graças a esse carinho Teon crescia em meio ao cuidado de todos os seus vizinhos fortalecido por laços de amor.

No dia do enterro de seu pai, com muitas honras pelo importante cidadão que era, visto a moral e conduta ilibada, Teon fez uma promessa a todos.

Na inocência dos seus nove anos Teon, com uma maturidade que a todos impressionou, de pé diante o tumulo de teu pai ao lado de tua mãe e de todos que carinhosamente prestavam as suas últimas homenagens, dissera:

— Meu pai foi um homem honrado e um grande defensor da nosso local. Aprendi com ele a ser sempre honesto e justo. Serei um homem tão honrado quanto foi meu pai, e a todos defenderei com toda a força de minha alma. 

Teon olha para sua mãe e contêm as lágrimas.

— No Panteão dos Heróis, onde está sua alma agora ... com a benção de Atena ...  meu pai vai saber, como vocês saberão agora e eu prometo: Aqui  nasce Teon, o maior Mestre Alquimista que a província de Casparian já viu.

Teon deu a mão a sua mãe e saiu rumo a casa, por caminho aberto dentre todos, respeitosos da palavra dada pelo tão jovem lemúriano naquele momento.

O tempo foi passando e o jovem começara sua jornada de muito esforço entre estudo e trabalho aperfeiçoando-se cada vez mais como ferreiro, iniciando-se ainda aos dez anos nos princípios básicos da alquimia dos metais.

Sua evolução era acompanhada de perto pelos Mestres Alquimistas do Conselho de Anciãos da Província, admiradores e alguns deles professores de seu pai.

Seu desempenho e capacidade corriam os quatro cantos de Lemúria, e já aos doze anos era considerado como o futuro sucessor de Leon, o Mestre Alquimista da província e grande orgulho de todos.

Aos doze anos após prodigiosa conclusão da Escola Básica, Teon é cotado a como potencial candidato a vaga na Academia de Alquimia de Lemúria, o terceiro e mais alto nível de graduação da ilha, por muitos desejado mas a poucos permitido. Sua notável evolução nas artes alquimistas despertara a atenção do Gran-Conselho de Lemúria.

Sua Educação Profissional seguiu-se de forma também precoce, visto a rara habilidade com a alquimia dos metais jamais vista em tão jovem lemuriano.

O Colégio Técnico se preparara para receber um aluno de idade tão abaixo da média dos dezesseis anos, e potencial bem superior àqueles que nela ingressavam. Teon entra no segundo nível de educação de Lemúria sob a tutela do Conselho de Anciãos da Província de Casparian.

Aos quinze anos após ousado encontro com a Deusa Atena, e já esperada formação como Técnico Alquimista, o Gran-Conselho de Lemúria aprova o acesso do jovem ao mais importante nível de formação da ilha, atendendo a solicitação oficial do Conselho de Anciãos de Casparian.

O desempenho de Teon era acompanhado de perto pelo Gran-Mestre e por Leon, indicado pelos Anciãos de Casparian como seu Tutor Acadêmico. A tarefa recebida de Atena aparentava cada vez mais próxima de ser concluída. O excelente desempenho do jovem lemuriano, atendido pessoalmente por Atena, deixava claro quem seria o décimo terceiro cavaleiro de ouro do exército da deusa.

Dois anos se passam e a impressionante e avançada capacidade de aprendizado de Teon o deixa a um ano da completa formação como Mestre Alquimista.

O Gran-Mestre, visto a condição adquirida por Teon na Academia, consulta o Gran-Conselho de Lemúria acerca de aprovação do nome de Teon a posição de Cavaleiro de Serpentário ao findar do próximo ano. Tal votação se encerra com a decisão de onze votos e uma abstenção, de Leon por sua posição no processo. A aprovação à consulta feita era dada sem a necessidade do voto de qualidade do Gran-Mestre.

As vestes Sagradas dos Guardiões já estavam quase concluídas, e dois anos após a visita de Atena àquelas terras o projeto desenhado mostrava-se parcialmente realizado. 

Sempre com novos desafios a frente o Gran-Mestre e os Mestres Alquimistas vem ao Templo de Atena para audiência com a deusa.

Reunidos no salão do Grande Mestre, os Mestre Alquimistas aguardavam Atena, que gentilmente recebida pelo Grande Mestre recebe as reverências de todos os presentes. Externamente ao salão, Anryu de Câncer e Leo de Áries faziam a segurança dos presentes à seção.

Desejoso de notícias Atena vai direto ao ponto.

— Obrigado pela presença de todos. Gostaria de saber dos avanços de nossos projetos.

O Gran-Mestre assume a palavra.

— Certamente Atena. O Cavaleiro de Serpentário já foi escolhido, e creio que já saibas de quem se trata.

Atena lembra-se de sua reflexão a dois anos atrás.

— O jovem Lemúriano, Teon. Completa Atena

Leon de Casparian pede a palavra, e consentido pelo Gran-Mestre assume a preleção dos Lemúrianos.

— Sou Leon de Caparian, e acompanho de perto a evolução de Teon. Teon vem demonstrando um desempenho notável em seus estudos. Atualmente resta apenas um ano para completar a Academia e tornar-se Alquimista. Sua extraordinária habilidade nas artes alquimistas o torna a pessoa perfeita à posição

Atena sorri, lembrando-se da determinação vista nos olhos daquele jovem, confirmada na sua evolução nas ciências alquimistas.

— Confio na decisão dos senhores. Afirma a deusa. Desde o primeiro momento Teon demonstrou esse potencial.

O semblante da deusa muda.

— E quanto as Crystallus? Indaga Atena.

O Gran-Mestre, maior responsável pelo projeto, responde.

— As vestes das constelações do Círculo Zodiacal estão terminadas. A armadura de Serpentário brilha como o sol dentro de tua caixa de Pandora.

Nesse momento um portal no espaço se abre e surge uma reluzente caixa dourada. A caixa se abre e a Armadura de Ouro de Serpentário é apresentada a Atena.

— Eis a décima terceira Armadura de Ouro de seu exército. Completa.

Surpresa com o poder telepático que presenciara, manifesta-se Atena por sua real origem:

— Quem transportou esse objeto? Lyra, apresente-se!

Um tanto admirado, se desculpa o Gran-Mestre.

— Sim, Atena. Sua perspicácia não me surpreende. Desculpe-nos, não era nossa intenção enganá-la.

Atena saúda sua guerreira.

— Entre Lyra. Seja bem vinda.

Lyra atravessa o portal e Leo percebendo entrada de alguém por telepatia abre bruscamente a porta a fim de garantir a segurança de todos, em especial a de Atena.

A lemuriana prevendo a reação de Leo, sorri.

— Não se preocupe Leo. Diz Lyra. — Sou eu. Desculpe não ter usado a porta.

Por segundos Leo parece parar no tempo admirando a bela Lyra, pessoa que não via há alguns anos, estando ainda mais bela que sempre.

Lyra era uma bela mulher, trajando vestes sofisticados típicas de uma lemuriana de alta posição, portava uma máscara em respeito a deusa. Seus longos cabelos e olhos de uma rara cor castanho figuravam a mente de Leo, que junto a seu porte físico perfeito em suaves linhas e formosas curvas entorpeceram seu olhar.

De volta a realidade e receoso de ter sido inconveniente Leo olha a todos os presentes e abaixa a cabeça.

— Desculpe, Atena. Desculpe, Grande Mestre. Desculpe, Gran-Mestre. Desculpe, Sumo Sacerdotes. Desculpe ..., Lyra.

As autoridades presentes reconhecem a boa intenção do Cavaleiro de Áries.

— Compreendemos sua atitude, diz o Gran-Mestre.

O Grande Mestre cumprimenta Leo com um movimento de cabeça

— Continue teu bom trabalho. Diz.

Atena com um sinal positivo também aprova, agradece a Leo pela preocupação. Leo sai e fecha a porta.

Depois de tanta agitação Atena percebe a máscara em Lyra.

— Lyra. Chama a sua atenção, Atena. — Por hora é dispensável a máscara. Retire-a, deixe-me ver teu rosto.

Um pouco incomodada com o adereço Lyra a retira e fica bem mais a vontade.

— Obrigada.

Atena sinaliza ao Gran-Mestre para que continue. Ele passa a palavra a Alberion de Temísia que se levanta.

- Por consenso do Gran-Conselho avaliamos que o recrutamento e treinamento dos Aurum e Auras deveria começar imediatamente. Enquanto isso os trajes de cristal serão concluídos. Submetemos agora tal prévia decisão a sua aprovação, senhora.

Atena já há tempos pensava nisso, e somado a plena confiança que tinha em seus sacerdotes, via tal proposta como prova da total harmonia de todos para com a Ordem de Serpentário.

— Correto! Reponde Atena. — Confio no julgamento do Gran-Conselho. Creio ser Lyra uma das responsáveis por tal trabalho.

Surpreso com a velocidade de raciocínio da deusa, prossegue Alberion.

— Sim. Lyra é líder da província de Temísia. uma astuta Alquimista. Suas funções incluem o assessoramento ao Conselho de Anciãos do local. 

Lyra olha para Atena e com uma reverencia confirma as informações transmitidas.

— Lyra se responsabilizará pelo treinamento dos guardiões. Continua Alberion. — Lyra é um poderosa telepata e perfeitamente apta a essa missão.

Atena lembra-se da jovem que a acompanhara tempos atrás, naquele momento notadamente mais evoluída em sua cosmo-energia e atributos femininos.

— Tenho certeza que sim. Afirma Atena.

Atena em seus pensamentos sabia que seu projeto dera grandes passos. Uma poderosa guerreira agora lutaria ao seu lado, com determinação outrora por ela vista em Teon e mais anteriormente em Régia. 


O CAVALEIRO DE SERPENTÁRIO EM BREVE NASCERIA, BEM COMO AS AURAS E AURUM. ATENA VIA A FORÇA DE TEUS NOVOS GUERREIROS BRILHAR CADA VEZ MAIS INTENSAMENTE. TAIS FATOS MUDARIAM SENSIVELMEMTE O FUTURO DOS EXÉRCITO DE ATENA SOBRE A TERRA, E A DEUSA ESPERAVA ANSIOSA POR ESSE MOMENTO.

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