Um dia depois da importante reunião com os sacerdotes lemurianos, no templo de Atena, no Salão do Grande Mestre era aguardada Régia de Peixes. Convocada repentinamente e ainda ofegante pela pressa com a qual caminhava, trajando sua brilhante armadura de ouro, a amazona se apresenta.
— Régia de Peixes. Em atenção a Sua convocação.
Percebendo o estado ansioso da amazona, com cuidado olha o Grande Mestre.
— Acalme-se, tome um pouco de água. Diz o patriarca.
Agradecida Régia dirige-se a uma pequena mesa, enchendo o cálice e bebendo uma boa quantidade de água.
Visualmente mais calma, a amazona termina de se apresentar.
— A sua disposição, Senhor.
O Grande Mestre dirige-se a seu assento.
— Pegue uma cadeira, sente-se, e então começaremos.
Régia se acomoda, e então o Grande Mestre conta o motivo da convocação.
— Venho acompanhando teu desempenho nas tarefas para com Atena. Considerando a afeição de Atena por você eu decidi nomeá-la, até segunda ordem, sua escolta pessoal permanente.
Régia fica feliz com o que começara a ouvir e tenta esconder essa sensação. O Grande Mestre continua.
— Em tempos de pós-Guerra Santa, e com o envolvimento pessoal de Atena na Ordem de Serpentário não podemos correr riscos. Esteja preparada.
Os olhos da amazona brilham como a ametista, quando levanta-se o Grande Mestre seguido de Régia.
— Está dispensada. Diz o Sacerdote. — Fique atenta às movimentações de Atena. Essa é sua missão prioritária.
Radiante com a missão recebida, por alguns segundos cala-se Régia. A amazona volta a si rapidamente.
— Certamente. Conclui a amazona. — Nossa deusa nada sofrerá.
Enquanto fechavam os grandes portões do salão uma imagem ocupava a mente do Grande Mestre, o brilho azulado outrora visto a alguns anos atrás, de mesma intensidade mas com outros sentimentos.
Régia, quase sem conter a satisfação lembra-se da dura realidade vivida e da realização pessoal recente. Seu grande sonho de proteger a quem carinhosamente a acolheu quando sozinha aos treze anos se realizara.
DOIS ANOS ATRÁS
Uma grande batalha se desenrolava em terras distantes, imediatamente ao sul da linha do Equador, banhada a leste pelo Oceano Atlântico e a oeste do Oceano Índico, após a espinha de montanhas.
Nas terras cortadas pelo rio Amazonas ocorriam grandes inundações. As vidas tragadas pelas águas descontroladas, e por quem nela se escondiam marcaram a mente da jovem Régia, nome dado em homenagem a bela flor aquática do local, Vitória Régia.
A guerra santa contra Poseidon atingira o lar de Régia, e em meio as tantas mortes uma chama de luz em breve surgiria, quando o ser causador do distúrbios das águas mataria diante seus olhos azuis toda a família.
Das águas violentas saia um ser coberto de escamas, e com um esguicho de água ele ataca os pais e irmão de Régia, que fugia junto a todos do local.
Régia vinha logo atrás, e junto a dor, fez brotar uma forte luz. Das flores que inocentemente brincava, Régia canalizou a essência da ira combinada a uma estranha energia semelhante à aura de um anjo.
Régia derruba o agressor envolto numa nuvem de pólen, podendo ainda ouvir de seus pais suas últimas palavras:
— Obrigado, minha filha. Sempre soubemos que eras especial. Não permita que isso continue. Estaremos sempre com você.
Nesse momento um grande sentimento de solidão toma a jovem Régia, sua cosmo-energia se eleva mais uma vez e toda a floresta é recoberta de pétalas de variadas cores. Um a um caem os marinas surgidos do rio. Sem nada entender Régia fica com a sensação de ter salvado muitas vidas, e uma grande sensação de alívio transmite a floresta.
Esgotada por tal supremo esforço, Régia ao tentar dar um passo cai quando é amparada por alguém.
Pouco tempo depois Régia acorda e vê, como um anjo, garota tão jovem quanto ela envolta numa aura de luz.
— Sou Atena. Diz a jovem garota. — A deusa da Sabedoria e Guerra Justa. Sentimos tua energia e viemos ao teu encontro. Sinto por tua família, mas ela estará bem. Salvaste muitas vidas hoje. Seu poder é notável.
Régia estava calma pelo caloroso e amável cosmo de Atena, mas estava confusa.
— Mas o que eu fiz? Indaga a jovem — O que foi aquilo?
Atena olha as almas dos parentes da menina e pacientemente a tranquiliza.
— Não se preocupe Régia. Não fizeste nada de mau. Tua família te agradece e todos do local também.
— Como sabes meu nome? Indaga Régia.
Régia estava ainda mais confusa, e Atena percebendo isso sorri.
— Tua alma me disse. Responde Atena. — Venha conosco. Podemos ser tua família. E nunca mais se sentirá só. Seu dom pode ser útil a toda a humanidade. Lutamos pela paz no mundo. Você pode em muito ajudar nisso.
Nesse momento as almas dos pais de Régia, dentre vários outros, se aproximam de Régia e Atena e em seguida sobem aos céus, sob o olhar calmo de Régia.
Régia acalentada pelo caminho de luz que via seguir sua família, e certa da bondade e sinceridadade de Atena, aceita sua oferta.
— Vou segui-los e defenderei a todos.
A energia daquele aceite sincero faz o cosmo de Régia reagir e o brilho azulado dos seus olhos torna-se ainda mais intenso.
— A servirei, deusa Atena. Declara Régia. — Serei o escudo dos inocentes e de todos aqueles que me estenderam a mão. Serei teu escudo, Atena.
Com uma expressão de felicidade Atena olha para Ozir, e uma grande esfera de luz sai em meio à mata em direção ao Atlântico.
Régia, um prodígio de treze anos dava seu primeiro passo em direção ao exército de Atena.
TEMPO ATUAL
Régia com lágrimas nos olhos toca sua armadura de ouro, e lembra com carinho de Atena e de Ozir, hoje o Grande Mestre, pela acolhida e reconhecimento. Lembra também do brilho que outrora havia visto no rosto de Teon.
- Seja forte Teon! Pensa ela. - Pelo bem da humanidade. Sei que em breve estaremos lado a lado, e será um grande prazer estar contigo.
RÉGIA É A ESCOLTA PERMANENTE DE ATENA. QUE PERIGOS AINDA ESPERAM ATENA?
— Régia de Peixes. Em atenção a Sua convocação.
Percebendo o estado ansioso da amazona, com cuidado olha o Grande Mestre.
— Acalme-se, tome um pouco de água. Diz o patriarca.
Agradecida Régia dirige-se a uma pequena mesa, enchendo o cálice e bebendo uma boa quantidade de água.
Visualmente mais calma, a amazona termina de se apresentar.
— A sua disposição, Senhor.
O Grande Mestre dirige-se a seu assento.
— Pegue uma cadeira, sente-se, e então começaremos.
Régia se acomoda, e então o Grande Mestre conta o motivo da convocação.
— Venho acompanhando teu desempenho nas tarefas para com Atena. Considerando a afeição de Atena por você eu decidi nomeá-la, até segunda ordem, sua escolta pessoal permanente.
Régia fica feliz com o que começara a ouvir e tenta esconder essa sensação. O Grande Mestre continua.
— Em tempos de pós-Guerra Santa, e com o envolvimento pessoal de Atena na Ordem de Serpentário não podemos correr riscos. Esteja preparada.
Os olhos da amazona brilham como a ametista, quando levanta-se o Grande Mestre seguido de Régia.
— Está dispensada. Diz o Sacerdote. — Fique atenta às movimentações de Atena. Essa é sua missão prioritária.
Radiante com a missão recebida, por alguns segundos cala-se Régia. A amazona volta a si rapidamente.
— Certamente. Conclui a amazona. — Nossa deusa nada sofrerá.
Enquanto fechavam os grandes portões do salão uma imagem ocupava a mente do Grande Mestre, o brilho azulado outrora visto a alguns anos atrás, de mesma intensidade mas com outros sentimentos.
Régia, quase sem conter a satisfação lembra-se da dura realidade vivida e da realização pessoal recente. Seu grande sonho de proteger a quem carinhosamente a acolheu quando sozinha aos treze anos se realizara.
DOIS ANOS ATRÁS
Uma grande batalha se desenrolava em terras distantes, imediatamente ao sul da linha do Equador, banhada a leste pelo Oceano Atlântico e a oeste do Oceano Índico, após a espinha de montanhas.
Nas terras cortadas pelo rio Amazonas ocorriam grandes inundações. As vidas tragadas pelas águas descontroladas, e por quem nela se escondiam marcaram a mente da jovem Régia, nome dado em homenagem a bela flor aquática do local, Vitória Régia.
A guerra santa contra Poseidon atingira o lar de Régia, e em meio as tantas mortes uma chama de luz em breve surgiria, quando o ser causador do distúrbios das águas mataria diante seus olhos azuis toda a família.
Das águas violentas saia um ser coberto de escamas, e com um esguicho de água ele ataca os pais e irmão de Régia, que fugia junto a todos do local.
Régia vinha logo atrás, e junto a dor, fez brotar uma forte luz. Das flores que inocentemente brincava, Régia canalizou a essência da ira combinada a uma estranha energia semelhante à aura de um anjo.
Régia derruba o agressor envolto numa nuvem de pólen, podendo ainda ouvir de seus pais suas últimas palavras:
— Obrigado, minha filha. Sempre soubemos que eras especial. Não permita que isso continue. Estaremos sempre com você.
Nesse momento um grande sentimento de solidão toma a jovem Régia, sua cosmo-energia se eleva mais uma vez e toda a floresta é recoberta de pétalas de variadas cores. Um a um caem os marinas surgidos do rio. Sem nada entender Régia fica com a sensação de ter salvado muitas vidas, e uma grande sensação de alívio transmite a floresta.
Esgotada por tal supremo esforço, Régia ao tentar dar um passo cai quando é amparada por alguém.
Pouco tempo depois Régia acorda e vê, como um anjo, garota tão jovem quanto ela envolta numa aura de luz.
— Sou Atena. Diz a jovem garota. — A deusa da Sabedoria e Guerra Justa. Sentimos tua energia e viemos ao teu encontro. Sinto por tua família, mas ela estará bem. Salvaste muitas vidas hoje. Seu poder é notável.
Régia estava calma pelo caloroso e amável cosmo de Atena, mas estava confusa.
— Mas o que eu fiz? Indaga a jovem — O que foi aquilo?
Atena olha as almas dos parentes da menina e pacientemente a tranquiliza.
— Não se preocupe Régia. Não fizeste nada de mau. Tua família te agradece e todos do local também.
— Como sabes meu nome? Indaga Régia.
Régia estava ainda mais confusa, e Atena percebendo isso sorri.
— Tua alma me disse. Responde Atena. — Venha conosco. Podemos ser tua família. E nunca mais se sentirá só. Seu dom pode ser útil a toda a humanidade. Lutamos pela paz no mundo. Você pode em muito ajudar nisso.
Nesse momento as almas dos pais de Régia, dentre vários outros, se aproximam de Régia e Atena e em seguida sobem aos céus, sob o olhar calmo de Régia.
Régia acalentada pelo caminho de luz que via seguir sua família, e certa da bondade e sinceridadade de Atena, aceita sua oferta.
— Vou segui-los e defenderei a todos.
A energia daquele aceite sincero faz o cosmo de Régia reagir e o brilho azulado dos seus olhos torna-se ainda mais intenso.
— A servirei, deusa Atena. Declara Régia. — Serei o escudo dos inocentes e de todos aqueles que me estenderam a mão. Serei teu escudo, Atena.
Com uma expressão de felicidade Atena olha para Ozir, e uma grande esfera de luz sai em meio à mata em direção ao Atlântico.
Régia, um prodígio de treze anos dava seu primeiro passo em direção ao exército de Atena.
TEMPO ATUAL
Régia com lágrimas nos olhos toca sua armadura de ouro, e lembra com carinho de Atena e de Ozir, hoje o Grande Mestre, pela acolhida e reconhecimento. Lembra também do brilho que outrora havia visto no rosto de Teon.
- Seja forte Teon! Pensa ela. - Pelo bem da humanidade. Sei que em breve estaremos lado a lado, e será um grande prazer estar contigo.
RÉGIA É A ESCOLTA PERMANENTE DE ATENA. QUE PERIGOS AINDA ESPERAM ATENA?
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