Os dias passam e a movimentação das forças dos guerreiros negros é intensa. Diante da ameaça o Grande Mestre Ozir começa a pensar nas estratégias para conter as ações desse novo grupo de inimigos de Atena.
O Santuário já possuía bom contingente de soldados incluindo cavaleiros e amazonas e guardiões, e uma ação concreta seria possível.
Para a tristeza de Atena, grandes guerreiros se despediam de suas armaduras, mas em compensação grandes surpresas surgiam dia após dia. O exército da deusa ampliava e se renovava constantemente.
O treinamento para se ter a honra de vestir a sagrada armadura era duro, e muitos não sabiam sequer sua constelação guardiã. Nesse grupo estavam a jovem Rivia, e sua irmã menor Maria.
Era dia de folga nos treinamentos aos aspirantes, intensificado nas últimas semanas, e a vila anexa ao Santuário estava bastante movimentada. O local era habitado por famílias de aspirantes ao exército de Atena, e por pessoas humildes do grupo de devotos da deusa. Era a pós-colheita do trigo e aveia, e em toda a região se via grande multidão.
Dentre os aspirantes a cavaleiro havia Marcus, um jovem muito indisciplinado, que juntamente a Max fora chamado pela constelação de Órion. Marcus era muito orgulhoso, e se considerava o novo guerreiro da constelação. Seu treinador, Aaron de Leão, estava para anunciar o fim do treinamento para a disputa pelo direito de uso da armadura.
Ele sempre observava as jovens dos arredores, mas sua má fama e pouca humildade afastavam todas as moças de seu trato.
Caminhando pela vila ele vê a menina Annie sair de sua casa, onde morava com suas irmãs Rívia e Maria, e que secretamente abrigava Sarah com razoável frequência.
Marcus conhecia a formosa Rívia, uma tímida jovem vinda de terras distantes a pouco mais de um ano. Ela era aspirante a amazona com tempo de treinamento. Conhecer seu rosto era o grande desejo do rapaz.
Com a saída de Annie, e de Maria horas atrás, aproveitando a grande movimentação, Marcus vê a oportunidade de tirar a limpo suas curiosidades e desejos para com Rívia.
Adentando a casa Marcus vê a jovem deitada em uma das três camas simples que ali estavam. A moça percebe a presença estranha, e levantando-se deixa cair o lençol exibindo seu belo corpo sob cortes menores de algodão cru.
Rivia se apavora, lembrando do terror vivido a quase um ano atrás. Ela recolhe o lençol, cobrindo-se novamente, e vê seu algoz se aproximar lentamente.
Já habilidosa no domínio de seu cosmo, ela reúne sua energia em forma de esfera luminosa e dispara contra o invasor. A grande energia enche o ambiente, e arremessa Marcus porta afora.
Leo de Aries sente vibrar sua armadura, e segue para o local. Sarah também sente o temor de Rívia, e parte para o interior da casa. Ela encontra Rívia recolhida a parede, tremendo pelo choque de suas lembranças, e a conforta.
Ozir de Gêmeos sente o grande fluxo de cosmo, mas percebe a saída de Leo de Aries. Em seu templo ele confirma algo iminente: o nascimento do cavaleiro de Órion.
Leo adentra a casa após cumprimento a Sarah.
— Olá Sarah. Quanto tempo.
Sarah fica mais tranquila por ser Leo o novo visitante.
— O que o traz aqui, Leo de Áries? Indaga Sarah.
— Esta jovem me chamou. Responde Leo.
Rívia estava encantada com o brilho da armadura de Aries.
— Você é um cavaleiro de ouro? Rivia esquece seus medos diante do cosmo de Leo.
— Sim. Responde o lemuriano. — E Áries é seu signo guardião dentre os doze presentes no círculo do sol. Você me chamou.
Lá fora, Marcus, que havia desmaiado com o impacto, levanta com dificuldades, e inconformado com o ataque que recebera segue novamente para a casa.
Max se aproxima da casa parando na entrada.
— Deixa a moça! Firme ordena o aspirante a cavaleiro. — Ela já sofreu muito antes de vir para cá.
Da casa são ouvidos todos os diálogos, visto o grande silêncio que se fizera nos arredores, com a reunião dos curiosos observando aquilo tudo.
— Max. Identifica a jovem. — Ele não me fará mal.
Marcus não se intimida e continua seu caminho em direção a casa, quando Max movimenta os braços e traz ao solo uma descarga elétrica que faz tudo em volta tremer. A manifestação da natureza interrompe a caminhada de Marcus.
TEMPLO DO GRANDE MESTRE
Sig surge diante Ozir.
— Meu irmão! Cumprimenta Sig.
— Meu irmão! Há quanto tempo. Responde Ozir. — Esta sumido.
— Estou bastante ocupado com nossos novos inimigos. Responde Sig.
— Entendo. Eu também. Concorda Ozir.
Sentados na escadaria se entreolham, e o pensamento era ao mesmo.
— Um grande dia teremos hoje. Inicia Sig.
— Certamente. Ozir concorda. — Apesar das coisas ruins teremos um novo guerreiro.
— Mas eu prevejo uma grande perda. Pondera Sig. — Uma alma sairá corrompida desse conflito.
— Ela sempre esteve, meu irmão. Comenta Ozir. — Cabe a você mudar essa realidade.
— Estou ciente disso. Concorda Sig. — Teon já havia percebido essa dualidade em Órion. Não pareceu a ele nada bom.
— É uma pena. Ele tem potencial. Pesaroso comenta Ozir.
— Agora tenho que ir. Finaliza Sig. — Leo de Áries está na retaguarda.
— Se cuida irmão! Recomenda Ozir.
— Sou eu quem cuida de você, lembra? Brinca Sig.
— Atena cuida de todos nós. Conclui Ozir. — Nos falamos mais depois.
Ozir tinhas uma ponta de tristeza por serem sempre breves as conversas com seu irmão, mas em compensação esses raros os momentos eram felizes, contando os muitos anos passados antes do reencontro.
VILA DO SANTUÁRIO
Aaron vendo o início do confronto entre seus pupilos, previsto por Ozir. Do lado de fora da casa, ele recebe a mensagem de Leo, dentro da casa.
— Vou levar esse confronto a um lugar adequado. Prepare-se.
Aaron se aproxima dos dois, quebra a tensão no ar, e desaparece com ambos, reaparecendo no local das lutas.
Na casa Leo se despede de Rívia e Sarah.
— Prazer em conhecê-la menina. Despede-se carinhosamente Leo. — Quem é sua treinadora?
Nesse momento surge uma aura feminina para o sorriso de Rívia, pois trazia consigo Maria e Annie.
— Sou Eu. Lily de Aquila. Responde a amazona com um belo vestido azul. Percebi sua presença, e de alguém que vem sempre aqui. Sabia que Rívia estava bem, então fui atrás das gêmeas fujonas.
Leo olha para as irmãs.
— Estão em excelentes mãos. Comenta Leo. — Em quatro excelentes mãos. Preciso retornar ao meu posto.
O cavaleiro toca as mãos de Rívia, que tinha os olhos ainda brilhantes por conhecer um cavaleiro dourado.
— Conte sempre com o brilho da luz de Áries. Me chame e contigo estarei.
Ele sinaliza com a cabeça para Lily, repassando a mesma mensagem de responsabilidade.
Voltando-se para Sarah, Leo completa.
— Cuide-se menina! E cuide delas também.
Sarah sorri e sinaliza que sim, quando Leo desaparece do mesmo jeito que chegou.
Lily observara o carinho de Leo por Sarah, e confirmando a impressão que já tinha do cosmo ali sempre presente, tinha certeza de que Sarah ali estava por Atena.
CASA DE ÁRIES
Leo chega a casa de Aries, com uma boa sensação sobre as irmãs de Gales.
Ozir surge na casa de Aries.
— Grande Mestre! Saúda Leo.
— Leo. Responde Ozir. — Fez bem em teletransportar o confronto para o Coliseu.
— Certo. Comenta Leo. — O festival continua normalmente, e as meninas estão com Lily e uma Aura.
— Correto. Confirma Ozir. — Acompanharei tudo de perto. Bom Trabalho.
Leo sinaliza com a cabeça em agradecimento, enquanto Ozir parte.
NO COLISEU
Max e Marcus identificam o coliseu, e aguardam a orientação de Aaron de Leão para começar o combate. Teneo de Touro também estava lá.
Por se tratar de luta oficial pela armadura, o Grande Mestre é esperado. Ozir chega e se dirige aos oponentes.
— Max e Marcus! Inicia Ozir. — Esse confronto não está programado, mas devido as circunstâncias, e pelo nível de treinamento de ambos, a batalha pela armadura está oficializada.
Ozir se dirige a Marcus.
— O correto seria baní-lo do Santuário, mas esse confronto é melhor opção. Prossegue Ozir. — Uma alma maligna não pode trajar uma veste sagrada. Deixemos a armadura de Órion decidir o vencedor.
Ozir sinaliza a Teneo, no campo de batalha para iniciar e arbitrar a luta.
— Comecem! Ordena Teneo.
Marcus parte para a ofensiva, criando uma grande tensão elétrica entre o céu e a terra. A terra treme, e uma grande relampago desce encontrando as mãos do aspirante que a molda e direciona sem dó contra Max.
Max com o braço esquerdo estendido a frente, e o braço direito erguido, recebe a rajada de energia e a direciona de volta ao céu. Um grande trovão é sentido, e Max sente o golpe cambaleando na sequencia.
Marcos percebendo a fragilidade do oponente reúne os resquícios de energia elétrica recém-transportadas pelo ar, e a lança sobre Max. O ódio por Rívia por tê-lo repelido, e do próprio Max por tê-lo interrompido, dá a sua cosmoenergia tons negros.
A influência da porção negra no ataque de Marcus alerta Atena, e preocupa Aaron, contido por Ozir.
O ataque de energia atinge Max, que tinha dificuldade de se manter de pé. O aspirante a cavaleiro bloqueia.
A porção negra drena a energia corporal de Max, que quase esgotado queima seu cosmo criando uma poderosa descarga elétrica usa seu corpo inteiro para se conectar a terra.
Max totalmente energizado afasta a energia negra de seu peito, vertida por Marcus. Ele invoca novamente a carga elétrica sobre si, e utiliza o mesmo movimento com o qual se defendera do primeiro ataque para lançar a descarga que por ele passava. A energia lançada é dez vezes mais forte que a lançada por Marcus.
Na medida que a rajada de energia se aproximava, Marcus ficava ainda mais apavorado. Ozir continha Aaron, quando surge a armadura de Órion que absorve o impacto.
— A luta está encerrada! Anuncia Ozir.
Marcus foi salvo pela armadura de Órion, e estava feliz pois considerava que ser defendido pela sagrada armadura era um sinal positivo. Ele toca a armadura, que levemente o eletrocuta.
A armadura de Órion segue em direção a Max, e o veste. Marcus não crê no que via.
— Como!? Indaga Marcus. — A armadura havia me escolhido! Ela protegeu a mim, e não a ele.
Ozir desce e explica.
— A constelação testou vocês dois, e mesmo com o cosmo negro lançado por você, Marcus, ela não protegeu a Max, pois ele tinha capacidade para resistir. A rajada de energia emitida por você era forte, mas ...
Ozir olha para Max.
— A rajada lançada por você, Max, foi dez vezes maior, equivalente em intensidade ao relâmpago de plasma de seu mestre. Você resistiu a descarga elétrica com seu corpo inteiro, como se integrando a energia. A invocou novamente, magnificou a intensidade, a moldou e lançou contra seu oponente. Para esse feito você tocou o sétimo sentido, ato comum apenas entre a casta dourada.
O Grande Mestre reúne os dois ao centro.
— A armadura salvou sua vida, Marcus, arriscando sua própria, porque você é valioso. Explica Ozir. — Apenas um cavaleiro ou amazona de ouro resistiria aquele ataque.
Ozir posiciona-se o lado de Aaron, e dirigindo-se aos dois, prossegue.
— Marcus usou cosmo negro para inconscientemente aumentar sua força, e tornou-se indigno da armadura de Órion. Max resistindo utilizou a força da energia da natureza a seu favor, e tocou o sétimo sentido.
Ozir aponta para Max.
— Max venceu a luta, e foi considerado digno pela armadura de Órion. Seja bem-vindo ao exército de Atena, Max.
Ozir vira as costas e sai, deixando Aaron com as partes finais. Teneo se despede de todos e também segue de volta a sua casa.
Marcus, revoltado, sai do Coliseu resmungando. No caminho é acompanhado por Lyra de Ophiucus.
Ele sai do Santuário, e é abordado por dois cosmos negros. Ele segue os dois homens.
A ordem dos Guerreiros Negros parecia ter ganhado um forte aliado, e com pesar a previsão de Sig se confirmara.
Atena em seu templo tinha outra reflexão importante a fazer. O ataque a sua aspirante a amazona por sua beleza revelava as disparidades de caráter dentro do seu exército.
Com isso a deusa da Sabedoria e da Guerra Justa tomara uma difícil decisão. Assim como a máscara protegia a amazona da desqualificação como guerreiras, uma nova medida precisava ser tomada para proteger as aspirantes dos perigos. A partir daquele dia, o campo de treinamento da amazonas seria independente, com permissão de acesso dada apenas a guerreiras.
A DURA BATALHA PELA ARMADURA DE ÓRION PASSA POR CONQUISTAS, PERDAS, E O DECRETO DE UMA NOVA DETERMINAÇÃO DE ATENA, MAS NÃO APENAS O EXÉRCITO DE ATENA SERIA BENEFICIADO.
O Santuário já possuía bom contingente de soldados incluindo cavaleiros e amazonas e guardiões, e uma ação concreta seria possível.
Para a tristeza de Atena, grandes guerreiros se despediam de suas armaduras, mas em compensação grandes surpresas surgiam dia após dia. O exército da deusa ampliava e se renovava constantemente.
O treinamento para se ter a honra de vestir a sagrada armadura era duro, e muitos não sabiam sequer sua constelação guardiã. Nesse grupo estavam a jovem Rivia, e sua irmã menor Maria.
Era dia de folga nos treinamentos aos aspirantes, intensificado nas últimas semanas, e a vila anexa ao Santuário estava bastante movimentada. O local era habitado por famílias de aspirantes ao exército de Atena, e por pessoas humildes do grupo de devotos da deusa. Era a pós-colheita do trigo e aveia, e em toda a região se via grande multidão.
Dentre os aspirantes a cavaleiro havia Marcus, um jovem muito indisciplinado, que juntamente a Max fora chamado pela constelação de Órion. Marcus era muito orgulhoso, e se considerava o novo guerreiro da constelação. Seu treinador, Aaron de Leão, estava para anunciar o fim do treinamento para a disputa pelo direito de uso da armadura.
Ele sempre observava as jovens dos arredores, mas sua má fama e pouca humildade afastavam todas as moças de seu trato.
Caminhando pela vila ele vê a menina Annie sair de sua casa, onde morava com suas irmãs Rívia e Maria, e que secretamente abrigava Sarah com razoável frequência.
Marcus conhecia a formosa Rívia, uma tímida jovem vinda de terras distantes a pouco mais de um ano. Ela era aspirante a amazona com tempo de treinamento. Conhecer seu rosto era o grande desejo do rapaz.
Com a saída de Annie, e de Maria horas atrás, aproveitando a grande movimentação, Marcus vê a oportunidade de tirar a limpo suas curiosidades e desejos para com Rívia.
Adentando a casa Marcus vê a jovem deitada em uma das três camas simples que ali estavam. A moça percebe a presença estranha, e levantando-se deixa cair o lençol exibindo seu belo corpo sob cortes menores de algodão cru.
Rivia se apavora, lembrando do terror vivido a quase um ano atrás. Ela recolhe o lençol, cobrindo-se novamente, e vê seu algoz se aproximar lentamente.
Já habilidosa no domínio de seu cosmo, ela reúne sua energia em forma de esfera luminosa e dispara contra o invasor. A grande energia enche o ambiente, e arremessa Marcus porta afora.
Leo de Aries sente vibrar sua armadura, e segue para o local. Sarah também sente o temor de Rívia, e parte para o interior da casa. Ela encontra Rívia recolhida a parede, tremendo pelo choque de suas lembranças, e a conforta.
Ozir de Gêmeos sente o grande fluxo de cosmo, mas percebe a saída de Leo de Aries. Em seu templo ele confirma algo iminente: o nascimento do cavaleiro de Órion.
Leo adentra a casa após cumprimento a Sarah.
— Olá Sarah. Quanto tempo.
Sarah fica mais tranquila por ser Leo o novo visitante.
— O que o traz aqui, Leo de Áries? Indaga Sarah.
— Esta jovem me chamou. Responde Leo.
Rívia estava encantada com o brilho da armadura de Aries.
— Você é um cavaleiro de ouro? Rivia esquece seus medos diante do cosmo de Leo.
— Sim. Responde o lemuriano. — E Áries é seu signo guardião dentre os doze presentes no círculo do sol. Você me chamou.
Lá fora, Marcus, que havia desmaiado com o impacto, levanta com dificuldades, e inconformado com o ataque que recebera segue novamente para a casa.
Max se aproxima da casa parando na entrada.
— Deixa a moça! Firme ordena o aspirante a cavaleiro. — Ela já sofreu muito antes de vir para cá.
Da casa são ouvidos todos os diálogos, visto o grande silêncio que se fizera nos arredores, com a reunião dos curiosos observando aquilo tudo.
— Max. Identifica a jovem. — Ele não me fará mal.
Marcus não se intimida e continua seu caminho em direção a casa, quando Max movimenta os braços e traz ao solo uma descarga elétrica que faz tudo em volta tremer. A manifestação da natureza interrompe a caminhada de Marcus.
TEMPLO DO GRANDE MESTRE
Sig surge diante Ozir.
— Meu irmão! Cumprimenta Sig.
— Meu irmão! Há quanto tempo. Responde Ozir. — Esta sumido.
— Estou bastante ocupado com nossos novos inimigos. Responde Sig.
— Entendo. Eu também. Concorda Ozir.
Sentados na escadaria se entreolham, e o pensamento era ao mesmo.
— Um grande dia teremos hoje. Inicia Sig.
— Certamente. Ozir concorda. — Apesar das coisas ruins teremos um novo guerreiro.
— Mas eu prevejo uma grande perda. Pondera Sig. — Uma alma sairá corrompida desse conflito.
— Ela sempre esteve, meu irmão. Comenta Ozir. — Cabe a você mudar essa realidade.
— Estou ciente disso. Concorda Sig. — Teon já havia percebido essa dualidade em Órion. Não pareceu a ele nada bom.
— É uma pena. Ele tem potencial. Pesaroso comenta Ozir.
— Agora tenho que ir. Finaliza Sig. — Leo de Áries está na retaguarda.
— Se cuida irmão! Recomenda Ozir.
— Sou eu quem cuida de você, lembra? Brinca Sig.
— Atena cuida de todos nós. Conclui Ozir. — Nos falamos mais depois.
Ozir tinhas uma ponta de tristeza por serem sempre breves as conversas com seu irmão, mas em compensação esses raros os momentos eram felizes, contando os muitos anos passados antes do reencontro.
VILA DO SANTUÁRIO
Aaron vendo o início do confronto entre seus pupilos, previsto por Ozir. Do lado de fora da casa, ele recebe a mensagem de Leo, dentro da casa.
— Vou levar esse confronto a um lugar adequado. Prepare-se.
Aaron se aproxima dos dois, quebra a tensão no ar, e desaparece com ambos, reaparecendo no local das lutas.
Na casa Leo se despede de Rívia e Sarah.
— Prazer em conhecê-la menina. Despede-se carinhosamente Leo. — Quem é sua treinadora?
Nesse momento surge uma aura feminina para o sorriso de Rívia, pois trazia consigo Maria e Annie.
— Sou Eu. Lily de Aquila. Responde a amazona com um belo vestido azul. Percebi sua presença, e de alguém que vem sempre aqui. Sabia que Rívia estava bem, então fui atrás das gêmeas fujonas.
Leo olha para as irmãs.
— Estão em excelentes mãos. Comenta Leo. — Em quatro excelentes mãos. Preciso retornar ao meu posto.
O cavaleiro toca as mãos de Rívia, que tinha os olhos ainda brilhantes por conhecer um cavaleiro dourado.
— Conte sempre com o brilho da luz de Áries. Me chame e contigo estarei.
Ele sinaliza com a cabeça para Lily, repassando a mesma mensagem de responsabilidade.
Voltando-se para Sarah, Leo completa.
— Cuide-se menina! E cuide delas também.
Sarah sorri e sinaliza que sim, quando Leo desaparece do mesmo jeito que chegou.
Lily observara o carinho de Leo por Sarah, e confirmando a impressão que já tinha do cosmo ali sempre presente, tinha certeza de que Sarah ali estava por Atena.
CASA DE ÁRIES
Leo chega a casa de Aries, com uma boa sensação sobre as irmãs de Gales.
Ozir surge na casa de Aries.
— Grande Mestre! Saúda Leo.
— Leo. Responde Ozir. — Fez bem em teletransportar o confronto para o Coliseu.
— Certo. Comenta Leo. — O festival continua normalmente, e as meninas estão com Lily e uma Aura.
— Correto. Confirma Ozir. — Acompanharei tudo de perto. Bom Trabalho.
Leo sinaliza com a cabeça em agradecimento, enquanto Ozir parte.
NO COLISEU
Max e Marcus identificam o coliseu, e aguardam a orientação de Aaron de Leão para começar o combate. Teneo de Touro também estava lá.
Por se tratar de luta oficial pela armadura, o Grande Mestre é esperado. Ozir chega e se dirige aos oponentes.
— Max e Marcus! Inicia Ozir. — Esse confronto não está programado, mas devido as circunstâncias, e pelo nível de treinamento de ambos, a batalha pela armadura está oficializada.
Ozir se dirige a Marcus.
— O correto seria baní-lo do Santuário, mas esse confronto é melhor opção. Prossegue Ozir. — Uma alma maligna não pode trajar uma veste sagrada. Deixemos a armadura de Órion decidir o vencedor.
Ozir sinaliza a Teneo, no campo de batalha para iniciar e arbitrar a luta.
— Comecem! Ordena Teneo.
Marcus parte para a ofensiva, criando uma grande tensão elétrica entre o céu e a terra. A terra treme, e uma grande relampago desce encontrando as mãos do aspirante que a molda e direciona sem dó contra Max.
Max com o braço esquerdo estendido a frente, e o braço direito erguido, recebe a rajada de energia e a direciona de volta ao céu. Um grande trovão é sentido, e Max sente o golpe cambaleando na sequencia.
Marcos percebendo a fragilidade do oponente reúne os resquícios de energia elétrica recém-transportadas pelo ar, e a lança sobre Max. O ódio por Rívia por tê-lo repelido, e do próprio Max por tê-lo interrompido, dá a sua cosmoenergia tons negros.
A influência da porção negra no ataque de Marcus alerta Atena, e preocupa Aaron, contido por Ozir.
O ataque de energia atinge Max, que tinha dificuldade de se manter de pé. O aspirante a cavaleiro bloqueia.
A porção negra drena a energia corporal de Max, que quase esgotado queima seu cosmo criando uma poderosa descarga elétrica usa seu corpo inteiro para se conectar a terra.
Max totalmente energizado afasta a energia negra de seu peito, vertida por Marcus. Ele invoca novamente a carga elétrica sobre si, e utiliza o mesmo movimento com o qual se defendera do primeiro ataque para lançar a descarga que por ele passava. A energia lançada é dez vezes mais forte que a lançada por Marcus.
Na medida que a rajada de energia se aproximava, Marcus ficava ainda mais apavorado. Ozir continha Aaron, quando surge a armadura de Órion que absorve o impacto.
— A luta está encerrada! Anuncia Ozir.
Marcus foi salvo pela armadura de Órion, e estava feliz pois considerava que ser defendido pela sagrada armadura era um sinal positivo. Ele toca a armadura, que levemente o eletrocuta.
A armadura de Órion segue em direção a Max, e o veste. Marcus não crê no que via.
— Como!? Indaga Marcus. — A armadura havia me escolhido! Ela protegeu a mim, e não a ele.
Ozir desce e explica.
— A constelação testou vocês dois, e mesmo com o cosmo negro lançado por você, Marcus, ela não protegeu a Max, pois ele tinha capacidade para resistir. A rajada de energia emitida por você era forte, mas ...
Ozir olha para Max.
— A rajada lançada por você, Max, foi dez vezes maior, equivalente em intensidade ao relâmpago de plasma de seu mestre. Você resistiu a descarga elétrica com seu corpo inteiro, como se integrando a energia. A invocou novamente, magnificou a intensidade, a moldou e lançou contra seu oponente. Para esse feito você tocou o sétimo sentido, ato comum apenas entre a casta dourada.
O Grande Mestre reúne os dois ao centro.
— A armadura salvou sua vida, Marcus, arriscando sua própria, porque você é valioso. Explica Ozir. — Apenas um cavaleiro ou amazona de ouro resistiria aquele ataque.
Ozir posiciona-se o lado de Aaron, e dirigindo-se aos dois, prossegue.
— Marcus usou cosmo negro para inconscientemente aumentar sua força, e tornou-se indigno da armadura de Órion. Max resistindo utilizou a força da energia da natureza a seu favor, e tocou o sétimo sentido.
Ozir aponta para Max.
— Max venceu a luta, e foi considerado digno pela armadura de Órion. Seja bem-vindo ao exército de Atena, Max.
Ozir vira as costas e sai, deixando Aaron com as partes finais. Teneo se despede de todos e também segue de volta a sua casa.
Marcus, revoltado, sai do Coliseu resmungando. No caminho é acompanhado por Lyra de Ophiucus.
Ele sai do Santuário, e é abordado por dois cosmos negros. Ele segue os dois homens.
A ordem dos Guerreiros Negros parecia ter ganhado um forte aliado, e com pesar a previsão de Sig se confirmara.
Atena em seu templo tinha outra reflexão importante a fazer. O ataque a sua aspirante a amazona por sua beleza revelava as disparidades de caráter dentro do seu exército.
Com isso a deusa da Sabedoria e da Guerra Justa tomara uma difícil decisão. Assim como a máscara protegia a amazona da desqualificação como guerreiras, uma nova medida precisava ser tomada para proteger as aspirantes dos perigos. A partir daquele dia, o campo de treinamento da amazonas seria independente, com permissão de acesso dada apenas a guerreiras.
A DURA BATALHA PELA ARMADURA DE ÓRION PASSA POR CONQUISTAS, PERDAS, E O DECRETO DE UMA NOVA DETERMINAÇÃO DE ATENA, MAS NÃO APENAS O EXÉRCITO DE ATENA SERIA BENEFICIADO.
Nenhum comentário :
Postar um comentário