Em meio a floresta fechada, numa bela construção estava Feliz de Leão Negro, pressentindo notícias ruins do confronto entre o orgulhoso Carlos de Grus e o impetuoso Abdon de Câncer contra seus rivais de constelação às portas do Santuário de Atena
Após a derrota de Lord de Pavão no pé da montanha, Félix teria duas novas surpresas contra o exército de Atena, Lia de Ophiucus e Iris de Lacerta.
As amazonas negras foram convocadas ao Salão Principal do Castelo Negro, onde habitava o líder daquele território.
A passos largos seguiam Lia e Iris, antes amigas mas hoje apenas colegas de causa. O Mestre Félix não tolerava atrasos.
Anunciadas, a porta do salão se abre, e imponente em sua armadura negra estava de pé, ao lado de um ornamentado trono, Félix de Leão Negro.
— A seu dispor, Mestre Félix. Saúda Iris em reverência.
— É com prazer que servimos a causa, Senhor. Completa Lia.
Félix olha fixamente para as amazonas, e senta-se em seu trono.
— Vocês treinaram bastante, e possuem alto nível dentre os cavaleiros e amazonas negros. Inicia Félix.
Dois soldados trazem duas urnas negras cobertas, e colocam uma ao lado de cada amazona.
— Toquem as urnas de suas armaduras amazonas negras. Ordena Félix.
Lia e Iris retiram o tecido que cobria as urnas, e as tocam. Elas se abrem e duas armaduras reluzentes como o ébano brilham intensamente. As armaduras as vestem, e do céu um brilho de agonia afeta Lyra e Elisa.
No Santuário de Atena, Ozir, Sig, Teon e a própria deusa agora tinham certeza que a próxima carta seria jogada pelo exército de cavaleiros e amazonas negro.
No Castelo Negro Félix desce do pedestal de seu trono, e toca o ombro de suas novas amazonas. O cosmo negro preenche o lugar, e uma dose extra de energia parecia inundar Birmânia.
— Quero fazer um surpresa para o exército de Atena. Anuncia o líder negro. — Ophiucus é uma telepata experiente e Lacerta é um prodígio, mas elas serão superadas.
As amazonas são dispensadas com uma missão, confrontar as amazonas de Atena, destruindo o campo de treinamento dos guerreiros da deusa.
O general negro conhecia bem o Santuário de Atena. Em outros tempos ele circulava por todo aquele território.
No Santuário a rotina seguia, e Lyra e Elisa estavam de prontidão para o confronto contra suas contrapartes negras.
No Recanto dos Guardiões, como havia batizado Ozir de Gêmeos, Teon aguardava a manifestação do guardião de Ophiucus para confirmar uma antiga suspeita, a existência de um grupo de elite comandado secretamente por Sig de Gêmeos.
No campo de treinamento das amazonas todos sentiam a preocupação estampada no rosto de Elisa. A sensação de antes foi impactante para a amazona, que apesar de habilidosa era ainda muito jovem.
Os dias passam e as ações do exército negro pareciam ter cessado, segundo relatórios enviados pelas tropas distribuídas pelo mundo.
O ar de tranquilidade para as pessoas comuns, era visto pelo Santuário como tensão, pois precisaria estar pronto para contrapor o próximo movimento do inimigo.
No Campo das Amazonas, concluído com o esforço de todos, um grupo de novas recrutas inicia seu treinamento. Dentre elas duas pareciam ser bem habilidosas, seus nomes eram Lia e Iris.
As novas recrutas pareciam ter algo a mais, além do objetivo de proteger Atena. Pelo menos essa era a primeira impressão de Lyra de Ophiucus. Por perceber essa peculiaridade, a amazona surge no local de treinamento feminino para a susto de Lily de Aquila.
— Lyra de Ophiucus! Saúda Lily, surpresa. — A misteriosa amazona de Atena.
— Bom da Lily. Responde Lyra. — Resolvi conhecer suas novas recrutas. Fazia tempo que não apareciam novas meninas. Fiquei curiosa.
— Entendo. Lily retruca. — Essas são Helen, Celina, Juli, Lia e Iris.
Ao ver Lia e Iris, Lyra confirma a sensação estranha que antes havia sentido.
Rivia e Maria também lá estavam e reconhecem as duas meninas observadas por Lyra. Eram duas meninas desaparecidas de Gales, um ano antes da chegada dos mercenários. Rivia cutuca Maria, e ambas começam a agir normalmente.
As recrutas partem para sua área específica de treinamento, quando avistam Lyra e Lily e as abordam.
— Senhora Lyra, Senhora Lily. Chamam a atenção as Rivia e Maria.
— Bom dia Rivia e Maria. Saúda Lily.
— Conheço Lia e Lily. Conta Rivia. — Elas são filhas de Gales como nós. Elas desapareceram um ano antes da chegada dos mercenários em nossa terra. Ninguém soube o que houve. Quem as trouxe?
— Ninguém. Responde Lily. — Elas se voluntariaram sem dizer a origem. Não coletamos essas informações.
— Talvez seja a hora de começar a perguntar. Afirma Lyra. — Obrigado meninas pela informação. Vão treinar agora, sua mestra logo chegará.
As meninas sorriem e seguem seu caminho, felizes por ter ajudado.
— Então era isso. Concui Lyra. — O inimigo se infiltra no Santuário. Precisamos tomar cuidado.
A amazona de Ophiucus olha para as meninas que acabaram de partir.
— Ela precisam ser protegidas. Comenta. — O que acha, Lily?
— Certamente. Concorda Lily. — Cuidarei disso e informarei ao Grande Mestre nossa descoberta.
Lyra acena com a cabeça, concordando, e parte. O treinamento segue com a vigilância da discreta da mestra daquele campo, e a percepção das amazonas negras de que haviam sido descobertas.
Mais a noite era visível o reforço na segurança do Santuário, com destacamento de soldados comandados por cavaleiros e amazonas de bronze na ronda do perímetro externo do Campo das Amazonas.
O Santuário em alerta dava as Lia e Iris a certeza de que o confronto previsto ocorreria em breve, e o tempo de sua missão precisaria ser adiantado.
No cair na noite, na arena de luta das amazonas estavam Lily e Lyra esperando Iris e Lia saírem das sombras.
— Já era hora, amazonas de Atena. Ironiza Iris que sai da sombra de um dos pilares de pedra do local. — Cadê a Lacerta? A garotinha prodígio se acovardou?
— Ela não está disponível. Afirma Lily. — E isso basta para você. Onde está sua amiga, amazona negra?
— Então creio que a substituirá em nossa luta, estou certa? Ironiza a Lagarto Negro.
Lia sai das sombras de outro pilar e acena.
— Melhor sorte para mim, Iris. Comenta a amazona. — Pois minha oponente está presente e conheço todas as suas técnicas. Pobre Lyra. Não durará muito tempo nessa batalha. Terei até tempo para te ajudar com essa aí.
— Você é muito gentil, Lia, mas deveria se focar na Ophiucus. Retruca Iris. — O cosmo que ela emana, não desistirá tão fácil assim.
Lily e Lyra se olham, sem entender o diálogo entre as duas amazonas negras.
— Desculpe interromper o bate-papo, mas o que querem no Santuário de Atena afinal? Dispara Lyra.
Iris ri.
— Ora, ora ... Destruí-lo por dentro, é claro. Responde. Nossa missão é acabar com o Campo das Amazonas. O resto já tem quem faça.
As amazonas de Atena se assustam com a possibilidade de haver mais cavaleiros e amazonas negros infiltrados como recrutas no Santuário.
— E não se deem o trabalho de tentar avisar a seus mestres, pois não conseguirão. Orienta Iris. — Uma barreira psíquica não permitirá que nada saia desse lugar.
— Acredita mesmo que pode deter três telepatas de Lemúria? Zomba Lyra.
As amazonas negras estavam confusas, quando uma terceira onda telepática, externa a abóboda de cosmo gerado por Iris, com o auxílio da tensão gerada pelas ondas de Lily e Lyra, a atravessa. A comunicação extra-sensorial por segundos é feita, e a mensagem de invasão oculta enviada a todo o Santuário, com destaque ao Grande Mestre Ozir de Gêmeos.
— Pronto. Comenta Lily. — Agora podemos continuar Iris.
A tensão gerada pela frustação das inimigas pela falha, e a iminência do combate é quebrada com a chega de Rivia, para a surpresa de todos.
— Ora se não é a filha preferida de Gales. Ironiza Lia.
— A vila parou quando, arrependidos, seus pais foram atrás da criança vendida. Desabafa Iris. — Quando desaparecemos nem mesmo nossos pais nos procuraram. Já você está aqui, são e salva, querendo ser minha oponente eu suponho.
Lily intervém, mas Rivia já havia decidido seu próprio destino.
— Que assim seja. Responde a aspirante a amazona de Aurora Boreal.
— Não permito, Rivia. Afirma firmemente Lily. — Não está preparada, e sequer tem uma armadura.
— Desculpe desobedecer, minha mestra. Retruca Rivia. — Essa luta é minha. Estou pronta há algum tempo.
Impressionada com a confiança de sua pupila, Lily recua para o lado, e com um gestual abre passagem, entregando a luta para a jovem amazona.
Lyra demonstra preocupação, pois Rivia lutaria sem armadura, mas Lily acena positivamente com a cabeça.
— A armadura virá a seu auxílio Transmite telepaticamente Lily.
Lyra desfranze o rosto, e olha Rivia face a face, demonstrando confiança. Ela segue com o foco em sua oponente.
— Vamos limpar nosso território, Rivia de Coroa Boreal. Afirma Lyra.
— Ninguém nos vencerá nas terras de Atena. Confirma a confiante Rivia.
Naquele momento tenso, apesar dos dois confrontos prestes a se iniciar, Lily se procurava com os outros guerreiros negros infiltrados. Ela usa um resquício do cosmo telepático de Teon, e sai do local.
Rivia se prepara para compensar a falta de uma armadura para defesa. Ela ascende seu cosmo e reorienta as partículas iluminadas pelo brilho da luz da lua que refletiam na armadura negra de Iris, e paralisa seus movimentos.
Por minutos a barreira de energia negra se enfraquece, e o dreno de energia, presente desde o momento do encontro das cinco amazonas, cessa.
Com o auxílio de Teon de Serpentário e Leo de Áries, o caminho é aberto para que o exército do Santuário resgate as amazonas do Campo, antes fechado pela barreira negra de Iris.
Telepaticamente, Teon avisa a Lyra e Rivia.
— Todas estão a salvo. Agora é com vocês.
Dirigindo-se a jovem aspirante a amazona, orienta Teon.
— Mantenha-se firme Rivia, pois a sagrada armadura ouvirá seu coração.
Rivia sente sua confiança aumentada pelo incentivo, e fortalece seu cosmo intensificando a barreira que continha Iris.
Lia desvia seu foco da luta contra Lyra para tentar ajudar Iris, mas é interrompida por Lyra.
— Eu sou sua oponente. Não me ignore. Esbraveja a amazona de Atena.
Lyra conduz seu cosmo na criação de uma tensão entre o chão e o céu. A abóboda de energia de Iris contém a condução elétrica, mas Lyra cria tensões menores em todo o campo de batalha, protegendo-se seu time, e aumentando a pressão sobre a barreira. O esforço gera resultado, e uma ruptura na barreira se forma. Lyra converge parte do distúrbio elétrico gerado no solo para receber uma grande descarga vinda do céu, que rompe a barreira negra definitivamente.
O impacto da queda da barreira atinge em cheio Lia que não tinha a proteção da barreira a qual Iris era prisioneira. A barreira de Rivia também se rompe, e Iris sai em busca de ajudar a colega amazona. Minutos depois Lia e Iris se reerguem, e preparam o contra-ataque.
Iris movimenta o ar gerando redemoinhos, que se unificam em direção a Rivia. A jovem amazona se coloca para bloquear tal força, mas a onda que a precede reduz suas forças. Rivia cai apoiando-se no joelho.
A onda de ar chega, e quando dissipada lá está a amazona protegida com o punho e o braço da sagrada armadura de Coroa Boreal. A armadura veste sua amazona, a constelação tem sua protegida, e o exército de Atena ganha mais um integrante forjada no calor da batalha.
Lyra sorri, pois sabia que Rivia conseguiria guiar sua armadura com seu cosmo, mas Iris não tinha a mesma opinião.
O ataque frustrado de Lia irritava Iris, que parte para a luta corpo a corpo contra Lyra, com vias a atingir seus pontos vitais. Lyra se defende, mas sente que a cada investida da adversária fica mais fraca. Ela esperava por isso, mas o dreno de energia é mais forte do que previa. A amazona de Ophiucus começa a perder a consciência.
Luge percebe a aflição de Lyra, e sente que a energia acumulada no cristal também se esvaia. Não havendo mais nada a fazer em seu estado oculto, ele surge no campo de batalha, recebe Lyra nos braços, expulsa a amazona negra do combate, e anula a técnica de íris contra Rivia.
Ele toca a face de Lyra absorvendo as energias negras infringidas a amazona por seus pontos vitais. Ele as reúne num cristal nego, e as purifica em cristal mais claro. Que se quebra em muito fragmentos numa explosão que atinge em cheio as duas amazonas negras.
Lia e Iris tem a pedra negra de sua armadura purificada, expelindo pelo nariz e junto as lágrimas inúmeras pedras claras de diversos tamanhos.
O poder de um Aurum de elite salvou a todos em fração de segundos.
Lyra começa a acordar, e antes que desperte Luge sorri com carinho para Rivia, e desaparece tão repentinamente quanto surgira. E em segundos ninguém sequer se lembraria do que houve.
A amazona de Atena nada entende, mas sente que um guardião ali esteve.
Desnorteadas estavam Lia e Iris, e como já antes ocorrido, não sabiam o que fazer. O ódio que inundava seus corações, que outrora as mantinha como adversárias ainda que na mesma equipe, desaparecera restando apenas duas filhas de Gales que se perderam sozinhas no caminho.
Ao reconhecerem Rivia, se entristecem pelo ocorrido, e querem apenas e saber mais de tudo. As filhas de Gales seriam observadas com atenção, amazonas ou ex-amazonas. Como aos outros um lugar na grande extensão do amor de Atena as esperava, se assim quisessem.
Lyra estava extasiada pela sensação familiar que sentira pouco tempo atrás. Estava decidida a descobrir sua origem. Quem seria secretamente seu guardião?. Se perguntava a amazona.
Luge estava enfim feliz, Ele tocou sua amada após anos de espera.
Sig, que acompanhava aquele time de elite, conhecia bem os sentimentos de todos. A alegria que inundava Luge ele levou tempo para experimentar. Ele toca o ombro de Luge.
— Fico feliz por você. Declara. — Essa alegria não tem preço.
Sig, sempre reservado, senta-se ao lado de Luge e conta sua história com Ozir. Sarah se aproxima e audiência aumenta. Luge se enche de esperança de poder um dia declarar a Lyra.
No Campo das Amazonas muito precisava ser feito, em especial o ajuste dos protocolos de segurança. Lyra de voltava aos inimigos do exército de Atena circulando infiltrados no interior do Santuário.
AS LUTAS DO DIA TRAZEM VISLUMBRE E PREOCUPAÇÃO. UM AURUM DE ELITE ENTRA EM AÇÃO, E O SANTUÁRIO ESTÁ CONTAMINADOS PELAS TREVAS.
Após a derrota de Lord de Pavão no pé da montanha, Félix teria duas novas surpresas contra o exército de Atena, Lia de Ophiucus e Iris de Lacerta.
As amazonas negras foram convocadas ao Salão Principal do Castelo Negro, onde habitava o líder daquele território.
A passos largos seguiam Lia e Iris, antes amigas mas hoje apenas colegas de causa. O Mestre Félix não tolerava atrasos.
Anunciadas, a porta do salão se abre, e imponente em sua armadura negra estava de pé, ao lado de um ornamentado trono, Félix de Leão Negro.
— A seu dispor, Mestre Félix. Saúda Iris em reverência.
— É com prazer que servimos a causa, Senhor. Completa Lia.
Félix olha fixamente para as amazonas, e senta-se em seu trono.
— Vocês treinaram bastante, e possuem alto nível dentre os cavaleiros e amazonas negros. Inicia Félix.
Dois soldados trazem duas urnas negras cobertas, e colocam uma ao lado de cada amazona.
— Toquem as urnas de suas armaduras amazonas negras. Ordena Félix.
Lia e Iris retiram o tecido que cobria as urnas, e as tocam. Elas se abrem e duas armaduras reluzentes como o ébano brilham intensamente. As armaduras as vestem, e do céu um brilho de agonia afeta Lyra e Elisa.
No Santuário de Atena, Ozir, Sig, Teon e a própria deusa agora tinham certeza que a próxima carta seria jogada pelo exército de cavaleiros e amazonas negro.
No Castelo Negro Félix desce do pedestal de seu trono, e toca o ombro de suas novas amazonas. O cosmo negro preenche o lugar, e uma dose extra de energia parecia inundar Birmânia.
— Quero fazer um surpresa para o exército de Atena. Anuncia o líder negro. — Ophiucus é uma telepata experiente e Lacerta é um prodígio, mas elas serão superadas.
As amazonas são dispensadas com uma missão, confrontar as amazonas de Atena, destruindo o campo de treinamento dos guerreiros da deusa.
O general negro conhecia bem o Santuário de Atena. Em outros tempos ele circulava por todo aquele território.
No Santuário a rotina seguia, e Lyra e Elisa estavam de prontidão para o confronto contra suas contrapartes negras.
No Recanto dos Guardiões, como havia batizado Ozir de Gêmeos, Teon aguardava a manifestação do guardião de Ophiucus para confirmar uma antiga suspeita, a existência de um grupo de elite comandado secretamente por Sig de Gêmeos.
No campo de treinamento das amazonas todos sentiam a preocupação estampada no rosto de Elisa. A sensação de antes foi impactante para a amazona, que apesar de habilidosa era ainda muito jovem.
Os dias passam e as ações do exército negro pareciam ter cessado, segundo relatórios enviados pelas tropas distribuídas pelo mundo.
O ar de tranquilidade para as pessoas comuns, era visto pelo Santuário como tensão, pois precisaria estar pronto para contrapor o próximo movimento do inimigo.
No Campo das Amazonas, concluído com o esforço de todos, um grupo de novas recrutas inicia seu treinamento. Dentre elas duas pareciam ser bem habilidosas, seus nomes eram Lia e Iris.
As novas recrutas pareciam ter algo a mais, além do objetivo de proteger Atena. Pelo menos essa era a primeira impressão de Lyra de Ophiucus. Por perceber essa peculiaridade, a amazona surge no local de treinamento feminino para a susto de Lily de Aquila.
— Lyra de Ophiucus! Saúda Lily, surpresa. — A misteriosa amazona de Atena.
— Bom da Lily. Responde Lyra. — Resolvi conhecer suas novas recrutas. Fazia tempo que não apareciam novas meninas. Fiquei curiosa.
— Entendo. Lily retruca. — Essas são Helen, Celina, Juli, Lia e Iris.
Ao ver Lia e Iris, Lyra confirma a sensação estranha que antes havia sentido.
Rivia e Maria também lá estavam e reconhecem as duas meninas observadas por Lyra. Eram duas meninas desaparecidas de Gales, um ano antes da chegada dos mercenários. Rivia cutuca Maria, e ambas começam a agir normalmente.
As recrutas partem para sua área específica de treinamento, quando avistam Lyra e Lily e as abordam.
— Senhora Lyra, Senhora Lily. Chamam a atenção as Rivia e Maria.
— Bom dia Rivia e Maria. Saúda Lily.
— Conheço Lia e Lily. Conta Rivia. — Elas são filhas de Gales como nós. Elas desapareceram um ano antes da chegada dos mercenários em nossa terra. Ninguém soube o que houve. Quem as trouxe?
— Ninguém. Responde Lily. — Elas se voluntariaram sem dizer a origem. Não coletamos essas informações.
— Talvez seja a hora de começar a perguntar. Afirma Lyra. — Obrigado meninas pela informação. Vão treinar agora, sua mestra logo chegará.
As meninas sorriem e seguem seu caminho, felizes por ter ajudado.
— Então era isso. Concui Lyra. — O inimigo se infiltra no Santuário. Precisamos tomar cuidado.
A amazona de Ophiucus olha para as meninas que acabaram de partir.
— Ela precisam ser protegidas. Comenta. — O que acha, Lily?
— Certamente. Concorda Lily. — Cuidarei disso e informarei ao Grande Mestre nossa descoberta.
Lyra acena com a cabeça, concordando, e parte. O treinamento segue com a vigilância da discreta da mestra daquele campo, e a percepção das amazonas negras de que haviam sido descobertas.
Mais a noite era visível o reforço na segurança do Santuário, com destacamento de soldados comandados por cavaleiros e amazonas de bronze na ronda do perímetro externo do Campo das Amazonas.
O Santuário em alerta dava as Lia e Iris a certeza de que o confronto previsto ocorreria em breve, e o tempo de sua missão precisaria ser adiantado.
No cair na noite, na arena de luta das amazonas estavam Lily e Lyra esperando Iris e Lia saírem das sombras.
— Já era hora, amazonas de Atena. Ironiza Iris que sai da sombra de um dos pilares de pedra do local. — Cadê a Lacerta? A garotinha prodígio se acovardou?
— Ela não está disponível. Afirma Lily. — E isso basta para você. Onde está sua amiga, amazona negra?
— Então creio que a substituirá em nossa luta, estou certa? Ironiza a Lagarto Negro.
Lia sai das sombras de outro pilar e acena.
— Melhor sorte para mim, Iris. Comenta a amazona. — Pois minha oponente está presente e conheço todas as suas técnicas. Pobre Lyra. Não durará muito tempo nessa batalha. Terei até tempo para te ajudar com essa aí.
— Você é muito gentil, Lia, mas deveria se focar na Ophiucus. Retruca Iris. — O cosmo que ela emana, não desistirá tão fácil assim.
Lily e Lyra se olham, sem entender o diálogo entre as duas amazonas negras.
— Desculpe interromper o bate-papo, mas o que querem no Santuário de Atena afinal? Dispara Lyra.
Iris ri.
— Ora, ora ... Destruí-lo por dentro, é claro. Responde. Nossa missão é acabar com o Campo das Amazonas. O resto já tem quem faça.
As amazonas de Atena se assustam com a possibilidade de haver mais cavaleiros e amazonas negros infiltrados como recrutas no Santuário.
— E não se deem o trabalho de tentar avisar a seus mestres, pois não conseguirão. Orienta Iris. — Uma barreira psíquica não permitirá que nada saia desse lugar.
— Acredita mesmo que pode deter três telepatas de Lemúria? Zomba Lyra.
As amazonas negras estavam confusas, quando uma terceira onda telepática, externa a abóboda de cosmo gerado por Iris, com o auxílio da tensão gerada pelas ondas de Lily e Lyra, a atravessa. A comunicação extra-sensorial por segundos é feita, e a mensagem de invasão oculta enviada a todo o Santuário, com destaque ao Grande Mestre Ozir de Gêmeos.
— Pronto. Comenta Lily. — Agora podemos continuar Iris.
A tensão gerada pela frustação das inimigas pela falha, e a iminência do combate é quebrada com a chega de Rivia, para a surpresa de todos.
— Ora se não é a filha preferida de Gales. Ironiza Lia.
— A vila parou quando, arrependidos, seus pais foram atrás da criança vendida. Desabafa Iris. — Quando desaparecemos nem mesmo nossos pais nos procuraram. Já você está aqui, são e salva, querendo ser minha oponente eu suponho.
Lily intervém, mas Rivia já havia decidido seu próprio destino.
— Que assim seja. Responde a aspirante a amazona de Aurora Boreal.
— Não permito, Rivia. Afirma firmemente Lily. — Não está preparada, e sequer tem uma armadura.
— Desculpe desobedecer, minha mestra. Retruca Rivia. — Essa luta é minha. Estou pronta há algum tempo.
Impressionada com a confiança de sua pupila, Lily recua para o lado, e com um gestual abre passagem, entregando a luta para a jovem amazona.
Lyra demonstra preocupação, pois Rivia lutaria sem armadura, mas Lily acena positivamente com a cabeça.
— A armadura virá a seu auxílio Transmite telepaticamente Lily.
Lyra desfranze o rosto, e olha Rivia face a face, demonstrando confiança. Ela segue com o foco em sua oponente.
— Vamos limpar nosso território, Rivia de Coroa Boreal. Afirma Lyra.
— Ninguém nos vencerá nas terras de Atena. Confirma a confiante Rivia.
Naquele momento tenso, apesar dos dois confrontos prestes a se iniciar, Lily se procurava com os outros guerreiros negros infiltrados. Ela usa um resquício do cosmo telepático de Teon, e sai do local.
Rivia se prepara para compensar a falta de uma armadura para defesa. Ela ascende seu cosmo e reorienta as partículas iluminadas pelo brilho da luz da lua que refletiam na armadura negra de Iris, e paralisa seus movimentos.
Por minutos a barreira de energia negra se enfraquece, e o dreno de energia, presente desde o momento do encontro das cinco amazonas, cessa.
Com o auxílio de Teon de Serpentário e Leo de Áries, o caminho é aberto para que o exército do Santuário resgate as amazonas do Campo, antes fechado pela barreira negra de Iris.
Telepaticamente, Teon avisa a Lyra e Rivia.
— Todas estão a salvo. Agora é com vocês.
Dirigindo-se a jovem aspirante a amazona, orienta Teon.
— Mantenha-se firme Rivia, pois a sagrada armadura ouvirá seu coração.
Rivia sente sua confiança aumentada pelo incentivo, e fortalece seu cosmo intensificando a barreira que continha Iris.
Lia desvia seu foco da luta contra Lyra para tentar ajudar Iris, mas é interrompida por Lyra.
— Eu sou sua oponente. Não me ignore. Esbraveja a amazona de Atena.
Lyra conduz seu cosmo na criação de uma tensão entre o chão e o céu. A abóboda de energia de Iris contém a condução elétrica, mas Lyra cria tensões menores em todo o campo de batalha, protegendo-se seu time, e aumentando a pressão sobre a barreira. O esforço gera resultado, e uma ruptura na barreira se forma. Lyra converge parte do distúrbio elétrico gerado no solo para receber uma grande descarga vinda do céu, que rompe a barreira negra definitivamente.
O impacto da queda da barreira atinge em cheio Lia que não tinha a proteção da barreira a qual Iris era prisioneira. A barreira de Rivia também se rompe, e Iris sai em busca de ajudar a colega amazona. Minutos depois Lia e Iris se reerguem, e preparam o contra-ataque.
Iris movimenta o ar gerando redemoinhos, que se unificam em direção a Rivia. A jovem amazona se coloca para bloquear tal força, mas a onda que a precede reduz suas forças. Rivia cai apoiando-se no joelho.
A onda de ar chega, e quando dissipada lá está a amazona protegida com o punho e o braço da sagrada armadura de Coroa Boreal. A armadura veste sua amazona, a constelação tem sua protegida, e o exército de Atena ganha mais um integrante forjada no calor da batalha.
Lyra sorri, pois sabia que Rivia conseguiria guiar sua armadura com seu cosmo, mas Iris não tinha a mesma opinião.
O ataque frustrado de Lia irritava Iris, que parte para a luta corpo a corpo contra Lyra, com vias a atingir seus pontos vitais. Lyra se defende, mas sente que a cada investida da adversária fica mais fraca. Ela esperava por isso, mas o dreno de energia é mais forte do que previa. A amazona de Ophiucus começa a perder a consciência.
Luge percebe a aflição de Lyra, e sente que a energia acumulada no cristal também se esvaia. Não havendo mais nada a fazer em seu estado oculto, ele surge no campo de batalha, recebe Lyra nos braços, expulsa a amazona negra do combate, e anula a técnica de íris contra Rivia.
Ele toca a face de Lyra absorvendo as energias negras infringidas a amazona por seus pontos vitais. Ele as reúne num cristal nego, e as purifica em cristal mais claro. Que se quebra em muito fragmentos numa explosão que atinge em cheio as duas amazonas negras.
Lia e Iris tem a pedra negra de sua armadura purificada, expelindo pelo nariz e junto as lágrimas inúmeras pedras claras de diversos tamanhos.
O poder de um Aurum de elite salvou a todos em fração de segundos.
Lyra começa a acordar, e antes que desperte Luge sorri com carinho para Rivia, e desaparece tão repentinamente quanto surgira. E em segundos ninguém sequer se lembraria do que houve.
A amazona de Atena nada entende, mas sente que um guardião ali esteve.
Desnorteadas estavam Lia e Iris, e como já antes ocorrido, não sabiam o que fazer. O ódio que inundava seus corações, que outrora as mantinha como adversárias ainda que na mesma equipe, desaparecera restando apenas duas filhas de Gales que se perderam sozinhas no caminho.
Ao reconhecerem Rivia, se entristecem pelo ocorrido, e querem apenas e saber mais de tudo. As filhas de Gales seriam observadas com atenção, amazonas ou ex-amazonas. Como aos outros um lugar na grande extensão do amor de Atena as esperava, se assim quisessem.
Lyra estava extasiada pela sensação familiar que sentira pouco tempo atrás. Estava decidida a descobrir sua origem. Quem seria secretamente seu guardião?. Se perguntava a amazona.
Luge estava enfim feliz, Ele tocou sua amada após anos de espera.
Sig, que acompanhava aquele time de elite, conhecia bem os sentimentos de todos. A alegria que inundava Luge ele levou tempo para experimentar. Ele toca o ombro de Luge.
— Fico feliz por você. Declara. — Essa alegria não tem preço.
Sig, sempre reservado, senta-se ao lado de Luge e conta sua história com Ozir. Sarah se aproxima e audiência aumenta. Luge se enche de esperança de poder um dia declarar a Lyra.
No Campo das Amazonas muito precisava ser feito, em especial o ajuste dos protocolos de segurança. Lyra de voltava aos inimigos do exército de Atena circulando infiltrados no interior do Santuário.
AS LUTAS DO DIA TRAZEM VISLUMBRE E PREOCUPAÇÃO. UM AURUM DE ELITE ENTRA EM AÇÃO, E O SANTUÁRIO ESTÁ CONTAMINADOS PELAS TREVAS.
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